segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Nunca a encontrei

Encontrei um cílio dentro de um dos livros antigos que consulto na biblioteca. Ou talvez fosse um pelo de uma sobrancelha. Entre as páginas. E o assoprei, por impulso. Imediatamente um sentimento de culpa e violação me tomou e me arrependi sem entender o porquê.

Fui ao chão, metendo-me a procurar por aquela pessoa cujos olhos, sabe-se lá quando, ontem ou décadas atrás, haviam passado pelas palavras que os meus olhos liam ali há pouco.






2 comentários: